segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A subutilização do Evangelho gera o arminianismo e o pentecostalismo (Parte I)

Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos.
(Jeremias 6:16)

Não esperamos nenhum novo mundo em nossa astronomia nem nenhuma nova Bíblia em nossa teologia.
Augustus H. Strong


O cenário evangélico atual é algo bem distinto da herança da Reforma Protestante. Hoje se fala muito em “poder, cura, batalha espiritual e vitória financeira”, mas na verdade é ínfimo o potencial que se está utilizando das Escrituras nas igrejas contemporâneas, em sua maioria. Quase toda pregação no presente é subjetiva, superficial e ilusória, mas não por isso impopular. Pelo contrário, de tão pop influencia as igrejas antes tradicionais -- presbiterianas, congregacionais e batistas. -- O arminianismo e o pentecostalismo com seus tentáculos midiáticos e seu forte sectarismo abraçam praticamente todos os pontos de pregação. O que muitos não atentam é que nem sempre foi assim e que é preciso retornar às antigas veredas em busca de obediência e temor.

Não precisa ir muito longe para captar bons exemplos de igrejas. Décadas atrás a sistematização doutrinária pregada nos púlpitos era mais harmoniosa doutrinariamente, simples e prática. Porém a condição pós-moderna impôs uma convivência com a pluralidade, a fragmentação, a heterogeneidade e contradições sem igual. De tempos em tempos nasce um novo modismo, transitório como fogo de palha. Muitos pregadores que seguiram ou seguem este “fogo estranho” exalam sua fumaça presentemente, e os “adoradores” em “carne e em mentira” amam aspirá-la.

A variedade de estilos das manifestações doutrinárias mina a harmonia doutrinária ortodoxa e confessional do protestantismo histórico. A bandeira evangélica contemporânea para um observador externo é complexa, cheia de contradições, incertezas e simulações inquietantes. Os evangélicos ironizam e rejeitam suas próprias raízes. As premissas sólidas são simplesmente jogadas no lixo como algo não prioritário. O espírito antidogmático reina e todos adormecem na sonolência da irracionalidade. Doutrinas apostólicas perenes e universais são consideradas heresias pelos seguidores de “novos apóstolos” e suas seitas. Há quase 500 anos Lutero já dizia: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”, hoje se diz o inverso e com “autoridade”.

Nunca foi tão válida a expressão “os fins justificam os meios”, a igreja pós-moderna focaliza-se nos modos e meios de representações que provêm das experiências subjetivas dos evangélicos e fazem disso sua formação “doutrinária”. A teologia de hoje não tem uma estrutura sólida e bem construída, ela é muito mais uma “demolidora irresponsável” e desconstrucionista. A identidade evangélica é fluida, plural, paródia e fragmentação dos antigos cristãos, apoiada em fundamento de areia das novas roupagens das velhas heresias. O protestantismo histórico deve retomar seu protesto contra tais coisas pensando na Igreja da próxima geração, como frisou Francis Schaeffer: “Se não tornarmos clara nossa posição, com palavras e obras, em favor da verdade e contra as falsas doutrinas, estaremos edificando um muro entre a próxima geração e o evangelho”.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A subutilização do Evangelho gera o arminianismo e o pentecostalismo (Parte I)

Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos.
(Jeremias 6:16)

Não esperamos nenhum novo mundo em nossa astronomia nem nenhuma nova Bíblia em nossa teologia.
Augustus H. Strong


O cenário evangélico atual é algo bem distinto da herança da Reforma Protestante. Hoje se fala muito em “poder, cura, batalha espiritual e vitória financeira”, mas na verdade é ínfimo o potencial que se está utilizando das Escrituras nas igrejas contemporâneas, em sua maioria. Quase toda pregação no presente é subjetiva, superficial e ilusória, mas não por isso impopular. Pelo contrário, de tão pop influencia as igrejas antes tradicionais -- presbiterianas, congregacionais e batistas. -- O arminianismo e o pentecostalismo com seus tentáculos midiáticos e seu forte sectarismo abraçam praticamente todos os pontos de pregação. O que muitos não atentam é que nem sempre foi assim e que é preciso retornar às antigas veredas em busca de obediência e temor.

Não precisa ir muito longe para captar bons exemplos de igrejas. Décadas atrás a sistematização doutrinária pregada nos púlpitos era mais harmoniosa doutrinariamente, simples e prática. Porém a condição pós-moderna impôs uma convivência com a pluralidade, a fragmentação, a heterogeneidade e contradições sem igual. De tempos em tempos nasce um novo modismo, transitório como fogo de palha. Muitos pregadores que seguiram ou seguem este “fogo estranho” exalam sua fumaça presentemente, e os “adoradores” em “carne e em mentira” amam aspirá-la.

A variedade de estilos das manifestações doutrinárias mina a harmonia doutrinária ortodoxa e confessional do protestantismo histórico. A bandeira evangélica contemporânea para um observador externo é complexa, cheia de contradições, incertezas e simulações inquietantes. Os evangélicos ironizam e rejeitam suas próprias raízes. As premissas sólidas são simplesmente jogadas no lixo como algo não prioritário. O espírito antidogmático reina e todos adormecem na sonolência da irracionalidade. Doutrinas apostólicas perenes e universais são consideradas heresias pelos seguidores de “novos apóstolos” e suas seitas. Há quase 500 anos Lutero já dizia: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”, hoje se diz o inverso e com “autoridade”.

Nunca foi tão válida a expressão “os fins justificam os meios”, a igreja pós-moderna focaliza-se nos modos e meios de representações que provêm das experiências subjetivas dos evangélicos e fazem disso sua formação “doutrinária”. A teologia de hoje não tem uma estrutura sólida e bem construída, ela é muito mais uma “demolidora irresponsável” e desconstrucionista. A identidade evangélica é fluida, plural, paródia e fragmentação dos antigos cristãos, apoiada em fundamento de areia das novas roupagens das velhas heresias. O protestantismo histórico deve retomar seu protesto contra tais coisas pensando na Igreja da próxima geração, como frisou Francis Schaeffer: “Se não tornarmos clara nossa posição, com palavras e obras, em favor da verdade e contra as falsas doutrinas, estaremos edificando um muro entre a próxima geração e o evangelho”.

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